Na última Assembléia Geral do Fabril, em 31/03/08, foi apresentada por associados uma questão deveras surpreendente – a Direcção do Fabril não admite novos associados.
A Direcção do Fabril pura e simplesmente não admite novos associados. E porque? Porque sim e assunto arrumado.
Os Estatutos do clube não são respeitados pela Direcção no articulado sobre o assunto. E se não são, nomeadamente na obrigatoriedade de afixação publica das novas propostas e da deliberação de aceitação ou não em reunião de Direcção (estará ao menos em actas?), é porque é mesmo assim.
Comunicar aos sócios proponentes que os cidadãos que propões para novos associados não foram aceites para que? Eles que, se quiserem, se dirijam à Direcção para perguntar porque. Foi esta a informação que os funcionários administrativos do clube deram quando questionados sobre o porque de não serem aceites.
Alguns deles já tinham sido associados, e por motivos vários deixaram de ser, mas queriam voltar ao seu clube.
Todos eles decerto pessoas de bem e de boa fé.
E o mais grave ainda é que as propostas e algumas fotografias “desapareceram”!!!!
Muita gente pergunta se isso não será uma forma de tentar evitar que alguns desses propostos participem na vida do clube, nomeadamente no próximo acto eleitoral, quer como votantes, quer como membros de alguma lista.
Os estatutos definem que para se poder votar tem de ser sócio 3 meses antes das eleições e que para se integrar uma lista tem de se ser sócio 6 meses antes.
E foi isso que foi cumprido nas propostas apresentadas, entregues no Verão passado.
Mas não foram aceites nem houve qualquer contacto do clube nesse sentido a explicar porque?
Contudo, talvez algumas outras tenham sido aceites. Talvez...
Qual o critério? Provavelmente os que não foram aceites poderão ser “infiltrados” que querem destruir o clube ou cidadãos com condutas sociais impróprias????!!!
E embora seja de saudar toda a dinâmica que os actuais Órgãos Sociais têm dado ao Clube, com reflexo na representatividade e notoriedade de algumas modalidades, nomeadamente no futebol, e na melhoria de instalações, isto está mal, muito mal. E não dignifica em nada os pergaminhos, a historia e a dignidade de um grande clube como este – CUF, QUIMIGAL, FABRIL, que hoje, como sempre, pode e deve ser “Um Clube Para a Cidade”.
Espera-se que o bom senso impere e que esta situação seja resolvida com a elevação que o clube merece.
Numa base de respeito e consideração que todos os cidadãos merecem e exigem.
E de pouco ou nada serve que a Direcção do Fabril, com a entrega de novas propostas, aceite esses novos associados à data de agora e não à data em que as propostas iniciais foram entregues, porque assim sendo e de facto não poderão participar no próximo acto eleitoral. E é isso que se pretende?
Será bom não esquecer que o fabril tem, desde sempre, uma longa e fortíssima tradição democrática, ou não fosse, na sua origem, o Clube dos trabalhadores da CUF do Barreiro.
‘Manuel da Luz – Associado do Fabril nº 1517’ – In Jornal do Barreiro.
Carta Aberta
Ao Senhor Manuel da Luz
Foi lamentavelmente com algum (muito) atraso e muito espanto, da minha parte que só agora tomei conhecimento deste artigo de opinião do senhor Manuel da Luz, digno comerciante da cidade do Barreiro, e pessoa ligada ao associativismo, desde á alguns anos a esta parte. Diria que desde mais ativamente desde os anos 90. Pois que até aqui se remetia ao seu laborioso trabalho, e passe a publicidade, no seu restaurante situado na Avenida da Republica, e também como militante de base do PPD/PSD, sendo que é nesses anos de 90 que se inicia o seu grande apego á causa publica.
Diga-se também que iniciou esse seu percurso pela mão do agora signatário, que; o lançou nas listas candidatas a eleições autarquicas no Concelho do Barreiro, enquanto Vice-Presidente da Comissão Política Concelhia do PPD/PSD do Barreiro, e Coordenador Autárquico, para além de Mandatário dessa campanha eleitoral.
Mas mais vale tarde do que nunca, verdade seja dita, pois que até ai o escrivã, tinha muito receio em se manifestar apoiante desta ou daquela força política.
Esta sua publicação, depois de lida e relida, apenas nos transmite uma nostálgica magoa, por parte do escrivã Manuel da Luz, porque alguns candidatos a associados do Ex-Grupo Desportivo da Cuf, agora Grupo Desportivo Fabril do Barreiro, não puderam participar na alegada “chapelada” que estava a ser preparada, no acto eleitoral.
Pois que eu, como defensor intransigente da democracia, e dos estatutos das mais diversas entidades, e ainda mais como ex-associado, e atleta do Clube, ainda nos tempos do glorioso Grupo Desportivo da Cuf, não posso de forma alguma estar de acordo com o congelamento de pedidos de admissão, sem uma qualquer resposta, e resolução dos mesmos.
Até ai estaremos de comum e pleno acordo, meu Caro Senhor Manuel Da Luz.
No entanto o meu maior espanto, para com esta publicação do Senhor Manuel da Luz, prende-se com o incrível desplante deste senhor, ao vir aqui invocar uma situação de ilegalidade, quando ele próprio, particípou numa situação em tudo idêntica, e ainda mais gravosa, verificada na Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, onde para além de se barrar a entrada a novos associados, ele próprio, Manuel da Luz, descarada e publicamente apoiou a limpeza de ficheiros, com a expulsão de antigos associados, para dar o poder perpetuo ao senhor Provedor Julio Freire, com quem o escrivã do artigo se senta nos órgãos directivos, ainda neste momento.
Que realmente este senhor adore projecção e penacho, é obvio que não restam quaisquer duvidas, atendendo também á sua participação nos Bombeiros Voluntários do Barreiro.
Muito me espanta, no entanto; que o Senhor Manuel da Luz tenha dois pesos e duas medidas, e que no momento próprio, não tenha manifestado a sua indignação por actos de profunda cobardia e vigarice, levados a cabo por Julio Freire, e em que ele próprio participou activamente. E agora tenha a pouca vergonha de vir publicamente acusar outros, daquilo com que ele próprio já comungou, e descaradamente apoiou.
Os homens deviam medir-se todos pela mesma bitola, mas infelizmente uns são mais homens que outros, e lamento ter que o dizer, mas este Senhor Manuel da Luz que escreve o artigo acima transcrito, é realmente um ser pouco digno de pertencer á categoria dos homens, e muito menos á categoria dos que se escrevem com (H) maiúsculo.
Atentamente
João Massapina - ex-atleta e sócio do Grupo Desportivo da Cuf, agora apelidado de Grupo Desportivo Fabril, não se sabe bem porque carga de água.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
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