sexta-feira, 1 de junho de 2007

INTERVENÇÃO NO VIII CONGRESSO NACIONAL DA JSD

Transcrição da minha intervenção no VIII Congresso Nacional da JSD (Juventude Social Democrata), realizado em Troia nos dias 28, 29 e 30 de Outubro de 1988.



Esta intervenção foi bastante polemica, dividiu o Congresso de forma decisiva aos verificar-se quase uma "guerra campal" na sala, com os apoiantes e defensores da candidatura de Carlos Miguel Coelho de um lado e os opositores do outro.



Levou a que o chamado grupo de Lisboa, liderado na época por Nuno Morais Sarmento, fosse pura e simplesmente desmascarado em relação á sua Moção Global, aplidada de Moção - B, e ao mesmo tempo aos seus anseios de promoção pessoal, e contribuiu de forma decisiva para que fossem fortemente derrotados nesse Congresso Nacional da JSD.



Não lhes foi possivel apresentar alternativas crediveis a Carlos Miguel Coelho, em termos de listas candidatas aos diversos orgãos nacionais, e CMC voltou a ser reeleito nesse Congreesso como Presidente da JSD Nacional de forma incontestável, continuando um trabalho que levou a JSD a ser a maior organização politica de juventude em Portugal, contando com elementos no grupo parlamentar de cerca de 2 dezenas, um grupo maior do que grupos parlamentares de partidos politocos, como por exemplo o CDS que nessa altura tinha tão somente 4 - Deputados, e até se chamava o grupo do taxi.







- Senhor Presidente do Congresso

- Senhor Presidente da J.S.D.

- Senhores Congressistas



Alguém afirmou publicamente à comunicação social que vinha a este Congresso dizer tudo o que pensava do Companheiro Carlos Miguel Coelho.



Até este momento não vi sequer um laivo dessa pretenção pessoal.



Este Congresso não se realiza para discutir individualidades, mas sim projectos, linhas programáticas, no fundo tão somente o presente e o futuro da J.S.D.



Venho aqui na qualidade de Delegado a este VIII Congresso de forma leal e democráticamente descomprometida, dizer aos subscritores da Moção de Estrategia - "B" que a mesma não passa de um groceiro (e numericamente, em termos de paginação), plágio do trabalho do Governo devidamente fotocopiado.



Mas que estrategicamente é esta?



Que projecto é este que propôem a este Congresso?



Ideias formadas, apoiadas em exemplos de economia decadente e já devidamente rectificada.



É este o projecto para os anos noventa que vem aqui propor?!



Felizmente que na J.S.D. ainda existe democraticidade tanto no voto como no pensar.



Não encontrei nada de imaginativo!



Nada de inovador!



Nada de nada que faça desta Moção um projecto concreto para a juventude portuguesa!



A juventude que aqui esta, e a que anda lá fora, quer projectos concretos e inovadores, não gosta nem tolera plágios!



Sejam construtivos!



Tem capacidade para isso!



Não apresentem aqui ideias pré-concebidas pois as mesmas são regeitadas aqui de uma forma conclusiva.



A J.S.D. é uma estrutura inteligente e dinamica, tem um projecto próprio, e não se vende aos ideais de uma postura externa.



Somos intervenientes, inventivos e dinamicos.



Não hipotecamos os nossos ideais de estrutura autonoma.



Somos a J.S.D. real dos anos noventa!



Viva a J.S.D.



Viva o P.S.D.



Viva a Juventude de Portugal



- "João Massapina" -

Troia, 29 de Outubro de 1988

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