segunda-feira, 4 de junho de 2007

POLEMICA COM FERREIRA FERNANDES

Carta resposta enviada ao Director do Diário de Noticias, sobre um artigo do Jornalista Ferreira Fernandes, publicado naquele Orgão de Comunicação Social no dia 11 de Maio de 1995, e que ficara disponivel para consulta no local:

http://sol.sapo.pt/photos/massapinaopiniontotal/default.aspx


José João Massapina Antunes da Silva
Urbanização Quinta dos Loios, rua 2, nº 11 - 4º Dtº
Lavradio 2830 Barreiro


Exmº Senhor
Director
Diário de Noticias
Avª da Liberdade, 266
1256 LISBOA CODEX


ASSUNTO: Carta ao Director sobre o Artigo/Crónica - "Estádio: Onde Assassinar não é crime"
Solicito ao Exmº Sr. Director, deste prestigiado Orgão de Comunicação Social, a publicação desta minha carta/resposta ao artigo/crónica do Sr. Ferreira Fernandes, publicada na vossa edição do passado dia 11 de Maio de 1995, na sua página 12, como artigo de opinião. (de que anexo cópia, conjuntamente com a minha identificação por via de Bilhete de Identidade)
Esta solicitação tem que vêr com a forma e conteudo que encontrei na construção desse artigo e com o qual me considero totalmente em desacordo e, ao mesmo tempo nesmo ofendido na minha qualidade de cidadão deste País, tanto pela linguagem utilizada como pelo seu sentido em relação aos jovens deste nosso País.
Desde já grato pela atenção dispensada, junto envio os meus melhores cumprimentos.

Lisboa/Barreiro, 12 de Maio de 1995
(José João Massapina Antunes da Silva)

ESTADIO: ONDE ASSASSINAR NÃO É CRIME
Li com imenso interesse o artigo/crónica - "estádio: Onde Assassinar não é crime" - retive cada passagem, cada paragrafo do seu conteudo, tendo concluido do seu contexto que o crónista apenas tentou combater a trágica situação ocorrida no Estádio José Alvalade em Lisboa, antes do último desafio de futebol Sporting-Porto com um conjunto de "alegorias" e outras figuras de estilo, como ele próprio afirmou.
Resumiu toda a ocorrência, e tudo quanto para ela concorre na nossa sociedade actual, com a atitude de "merda de uns pais" e ao facto de um bando de jovens, a nossa juventude, os nossos homens de amanhã, terem cometido um assassinio.
Esqueceu por certo esse Sr. a sua juventude?
O que fazia nessa altura?
Ia talvés aos ninhos e saltava à corda ou jogava à macaca ou à cabra cega!
Os jovens são por natureza irreverentes, mas generosos, já o Padre Américo dizia não haver rapazes maus!
Viveu por certo a sua juventude dentro de uma farda da Mocidade Portuguesa, recebendo boas maneiras e preparando as carnes para os canhões em Africa?
Não creia que qualquer jovem se atira, ou atira os seus Companheiros e Amigos, de uma altura de cerca de 2 metros, por puro prazer ou por ódio.
Enganou-se na crónica, deveria escrever sobre os choques entre as claques ou em quem ateia fogo a automoveis e, ou papeleiras, quem parte montras, quem vende e consome droga, quem, quem...
Tenho 33 anos, não pertenço nem nunca pertenci a nenhuma claque de apoiantes organizada, tenho claro a minha simpatia clubistica, e já assisti a muitas dezenas de jogos de futebol, mas ainda assim me considero jovem.
E com esta idade, 33 anos, senti-me ofendido como cidadão deste País, ao ler a sua crónica, em que todos os jovens são metidos no mesmo saco; de Mafiosos, Violentos, Destrambelhados e outros adjectivos utilizados directa e indirectamente.
Ao lêr a sua crónica conclui-se um combate da violencia geral com violencia verbal, chego mesmo a vêr odio aos jovens nas suas palavras.
Fico com a sensação de que tenho pela frente um artigo escrito por alguém que ou nunca foi jovem, ou então viveu uma juventude frustrada.
Com esta sua peça em vez de moderar ou providenciar uma nova visão cultural e social para a juventude deste País, apenas condena de uma forma crua e seca quem não deve ser condenado mas sim ensinado, ajudado em termos de construção de um futuro diferente da realidade actual.
Prestou assim na minha "modesta" opinião um mau serviço à causa da construção e emancipação dos homens do futuro, com esta sua simples crónica da violência pela violência.
Ora bolas Sr. Ferreira Fernandes, com estas suas opiniões, que "merda" de pedagogo e pai, você me saiu...!

João Massapina (Barreiro)

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